- Sandra Carvalho
A guerra do ar condicionado nos escritórios pode acabar
Ajustes individuais de temperatura garantiriam um ar mais quente ou mais frio para cada um.

Funcionários de escritórios vivem em guerra por causa da temperatura do ar condicionado: o que é quente para uns, é frio para outros.
Dois pesquisadores da Universidade Concórdia, em Montreal, no Canadá, acham que têm solução para essas discussões eternas. A base de tudo: levar em conta as preferências individuais de cada pessoa.
Assim, ninguém precisaria mais concordar com ninguém sobre a temperatura ideal.
Acabariam também as pequenas sacanagens como cobrir termostatos com malha lã, para aumentar artificialmente a temperatura e mandar para o sistema um recado de que o ambiente precisa ser resfriado.
Num estudo publicado no Journal of Energy and Buildings, os pesquisadores Farhad Mofidi e Hashem Akbari propõem acabar com a guerra dos termostatos com a automatização total do controle da temperatura, qualidade do ar e iluminação dos escritórios.
Eles usam técnicas de análise de dados para modelar as preferências de cada uma das pessoas envolvidas em temperatura, ventilação e iluminação natural e artificial.
Segundo o estudo, levando em conta essas preferências individuais, é possível aumentar a produtividade de cada funcionário em 1000 dólares por ano, e ainda caem os gastos com energia.
"Esse método age como se fosse o cérebro por trás do sistema de tomada de decisão de uma plataforma de gestão de energia baseada na nuvem", disse Mofidi, num comunicado da Universidade Concórdia.
A conferir se, aplicado em escritórios do mundo real, o método consegue mesmo acabar com as discussões sobre o ar condicionado.