
Sandra Carvalho
Burnout tem muito a ver com depressão?
Um grupo de cientistas americanos sugere que sim, nadando contra a corrente.

O burnout, a exaustão causada pelo stress crônico, costuma ser considerado um problema de trabalho, muito diferente da depressão.
Um grupo de cientistas americanos, da Universidade Médica da Carolina do Sul (#MUSC), #Harvard e Universidade de Michigan (#UMich), tem outra explicação para o fenômeno.
Para eles, os fatores que levam ao burnout são muito próximos dos fatores que conduzem à depressão.
Os pesquisadores levantaram 142 diferentes definições de burnout na literatura médica, o que no mínimo indica certa falta de clareza sobre o tema. Sintomas depressivos, ao contrário, são bem definidos na literatura e validados clinicamente.
Os cientistas fizeram um estudo com 1.552 residentes de Medicina em 68 instituições, focando em sintomas depressivos, exaustão emocional, despersonalização e outros fatores.
A conclusão foi que os fatores que contribuem para depressão e para o burnout se sobrepõem, sendo dois terços deles relacionados a questões pessoais, e um terço a problemas de trabalho.
Eles sugeriram que soluções para resolver problemas de depressão podem ser úteis para tratar burnout e vice-versa. O estudo foi publicado no Journal of General Internal Medicine.
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