
Sandra Carvalho
Casais podem não compartilhar tudo, mas dividem bactérias
O compartilhamento é maior nos pés dos casais.

Jogue para o alto 330 amostras de pele de 10 casais. Em 86% dos casos é possível vão acertar quem mora com quem. É que os casais tendem a ter as mesmas bactérias, vírus, fungos e tudo o mais que compõe o microbioma da pele.
Pesquisadores da área de microbiologia da Universidade de Waterloo, no Canadá, estudaram a fundo o microbioma da pele de 10 casais heterossexuais. Encontraram o maior nível de compartilhamento de microrganismos nos pés. Nas coxas, o menor nível.
Sua pesquisa foi publicada no jornal mSystems, da Sociedade Americana de Microbiologia.
O estudo estima que um ser humano médio tenha entre 1,5 e 2 metros quadrados de pele, com 3 milímetros de profundidade.
Cada centímetro quadrado, afirma, tem entre um milhão e um bilhão de microrganismos. É muita coisa para compartilhar.
Os pesquisadores confirmaram que os fatores de maior influência no microbioma da pele são o indivíduo, em si, e a localização do corpo. Morar junto vem depois, mas tem importância significativa no composição do microbioma.
Eles analisaram a pele de 17 diferentes lugares do corpo, com abordagens de aprendizado de máquina.