
Sandra Carvalho
Cornuda e marcada para morrer no Amazonas?
Mal foi batizada, a árvore amazônica Tovomita cornuta já corre risco de extinção.

As árvores do gênero Tovomita se espalham pela Amazônia em florestas de terra firme, várzeas, igapós e campinaranas. Até agora, já foram identificadas 53 diferentes espécies dessas árvores.
A mais nova adição é a Tovomita cornuta, presumivelmente endêmica do estado do Amazônia, encontrada em Manaus e nos municípios de Presidente Figueiredo e São Sebastião do Uatumã.
A Tovomita cornuta cresce em nos solos arenosos das campinaranas, as florestas de areia branca, onde se formam pequenas poças na estação chuvosa e onde a luz a luz do sol não bate diretamente.
De onde vem seu nome? Cornuta é uma referência aos chifres que caracterizam seus frutos (a palavra cornu em latim significa chifre). O estudo da nova árvore foi publicado na revista Acta Botanica Brasilica.
Mal foi batizada, a Tovomita cornuta já é considerada ameaçada de extinção pelos cientistas que a identificaram, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (#INPA) e Universidade Federal do Maranhão (#IFMA).
"Seu status de conservação já é de ameaçada de extinção devido às pressões sobre sua área de ocorrência, que sofre com a expansão urbana não planejada, o desmatamento da mata, a extração de areia para a construção civil e a consequente perda de habitat", observou Layon Oreste Demarchi, do INPA, um dos autores do estudo, à Agência Bori.
