
Sandra Carvalho
Em 50 anos, metade do Cerrado sumiu
A savana brasileira, admirada pela biodiversidade, está encolhendo como nunca.

As perdas do Cerrado são massivas: 86% das espécies de formigas já desapareceram, e 67% das plantas endêmicas também.
O motivo principal da perda de biodiversidade: a proibição do uso do fogo para manejo da vegetação, algo que os índios da região fizeram durante muito tempo.
O avanço da fronteira agrícola também não ajuda em nada, é claro.
Veja bem: o que faz falta é o manejo técnico do fogo, que leva em consideração a época do ano e a direção do vento e deixa áreas intocadas para que animais possam se alimentar. Nada a ver com as queimadas indiscriminadas.
Sem o fogo, as árvores tomam conta do Cerrado, fazem sombra e tornam impossível a vida de quem precisa de sol para sobreviver. O Cerrado vira uma floresta medíocre.
Em 5 minutos, a engenheira florestal Giselda Durigan, da Unesp e da Unicamp, dá uma aula sobre o que consome o Cerrado e o que é preciso fazer para recuperação da savana. Veja o vídeo da Agência Fapesp.