- Sandra Carvalho
Em Ciência, você já vai ver a igualdade entre homens e mulheres (e aqui no Brasil)
Como qualquer previsão, essa também está sujeita a um choque de realidade no futuro.

As cientistas brasileiras estão a um passo, ou melhor, a um ponto de alcançar a igualdade com os homens. Pelo menos em produção acadêmica.
Um estudo da empresa de análise de informação Elsevier, Gênero no Panorama Global da Pesquisa, mostrou que as brasileiras produziram 49% dos 331 mil artigos científicos escritos no país entre 2011 e 2015.
O estudo, divulgado em março, compara publicações de mulheres e homens em 12 países e regiões. A Elsevier se baseou na análise de 62 milhões de documentos de 5.000 publishers.
A conclusão é que as mulheres já atingem 40% ou mais dos pesquisadores nos Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Austrália. No Brasil e em Portugal, chegam a 49%. No Japão, elas não passam de 20%.
O campo onde as mulheres mais se destacam é em saúde e ciências da vida. Onde comem poeira dos homens é em negócios, administração e contabilidade.
Como inventoras, as mulheres ainda não vão longe. Comparando os pedidos de patentes globalmente, a Elsevier concluiu que as mulheres são apenas 14% do total de inventores no mundo.
No Brasil, elas ficam acima dessa média: chegam a 19%.
Entre 2011 e 2015, as cientistas brasileiras escreveram em média 1,2 artigo. Os homens, um pouco mais: 1,5. Veja, nos gráficos, como foi a relação em diversos campos de pesquisa.





