
Sandra Carvalho
Escove os dentes direito. E fique mais longe de Alzheimer
É o que prometem cientistas da Noruega, que associaram gengivite e Alzheimer.

Cientistas da Universidade de Bergen, na Noruega, descobriram uma ligação entre gengivite (inflamação da gengiva) e doença de Alzheimer.
Eles afirmam que têm prova baseada em DNA de que a bactéria Porphyromonas gingivalis, uma das principais causas de infecções na gengiva, pode ir para o cérebro e destruir células nervosas com suas enzimas - o que levaria à perda de memória e a Alzheimer.
Não é que a gengivite cause Alzheimer - ela aumenta o risco de desenvolver a doença e acelera seu avanço.
Para evitar a gengivite, como todo dentista sugere, a saída é escovar bem os dentes duas vezes por dia e usar fio dental. E dar aquele pulo anual ou semestral aos consultórios odontológicos, é claro, para limpeza de profundidade.
Os testes feitos na Universidade de Bergen com 53 pacientes de Alzheimer encontraram as enzimas da bactéria da gengivite em 96% dos casos.
Segundo os cientistas, a bactéria P.gingivalis está presente, de uma forma ou outra, em aproximadamente metade da população. Cerca de 10% das pessoas que têm a bactéria desenvolvem doença da gengiva grave, perdem dentes e têm um risco maior de desenvolver Alzheimer.
A bactéria está ligada também a reumatismo, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer do esôfago.