
Sandra Carvalho
O lado avesso da oxitocina, o hormônio do amor
A oxitocina também pode gerar agressividade, dizem cientistas israelenses.

Conhecida como hormônio do amor, a oxitocina pode aproximar corações mas também afastar as pessoas, provocando reações agressivas. É isso que afirma um novo estudo de oito anos de duração sobre esse hormônio intrigante.
Cientistas do Instituto Weizmann de Ciência (#InstitutoWeizmann), de Israel, e do Instituto Max Planck (#InstitutoMaxPlanck) de Psiquiatria, da Alemanha, fizeram experiências com a oxitocina em ratos num ambiente diferente dos padrões comuns dos laboratórios, que são bem artificiais.
Eles simularam um ambiente mais próximo das condições de vida naturais dos ratos, para aproximar a experiência da realidade. A ideia era simular um meio mais complexo para entender comportamentos mais complexos.
Depois, os cientistas usaram optogenética para ligar e desligar certos neurônios do cérebros dos animais com luz, aumentando e diminuindo os níveis de oxitocina.
Nas experiências feitas nessas condições, a oxitocina produziu resultados bem diferentes do que normalmente se espera. Inicialmente os ratos demonstram interesse uns pelos outros, mas logo se viu um aumento do comportamento agressivo.
Segundo a pesquisa, o hormônio pode amplificar tanto a cooperação quanto a confrontação, tanto a afabilidade quanto a agressão. O estudo foi publicado no jornal Neuron.
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