- Sandra Carvalho
Pulmão artificial brasileiro é arma contra Covid
Aparelho permite respiração fora do corpo, quando a ventilação mecânica não adianta mais.

Em casos graves de Covid-19, pode-se chegar a um estágio em que os respiradores artificiais deixam de ter efeito. É a hora de tentar a respiração fora do corpo, conhecida como ECMO.
É aí que entra o sistema Solis, para ECMO, criado pela empresa de equipamentos cardíacos Braile Biomédica, de São José do Rio Preto.
"É uma espécie de pulmão artificial, que pode ser usado em adultos e crianças" definiu o engenheiro mecânico Rafael Braile, que liderou a pesquisa e desenvolvimento do Solis.
Como o sistema funciona? O aparelho drena o sangue do paciente com cateteres, faz sua oxigenação e devolve o sangue oxigenado para ele, num processo que se prolonga por até 30 dias ou mais, até que o pulmão do paciente esteja recuperado.
O Solis também pode fazer o papel de coração artificial, aí para ajudar quem fez transplante ou sofreu infarto ou parada cardíaca.
"Todos os aparelhos para ECMO no país são importados; o sistema Solis vem para somar", observou para a Fapesp o cirurgião Luiz Fernando Canêo, do InCor, o Instituto do Coração. Um aparelho desses costuma custar entre 35 mil e 50 mil dólares.
Em tempo: ECMO é a sigla em inglês para oxigenação por membrana extracorpórea.
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