
Sandra Carvalho
Um plástico nefasto: o de redes de pesca
Nos oceanos, os animais se ferem com as redes, podem sofrer por meses e até morrer.

Os oceanos recebem todos os anos entre 500 mil e 1 milhão de toneladas de equipamentos de pesca perdidos ou abandonados. São os equipamentos fantasmas dos mares, uma das piores ameaças à vida selvagem marinha.
Segundo um relatório sobre o custo social do plástico encomendado pela #WWF à consultoria Dalberg, milhares de animais morrem anualmente com esses equipamentos fantasmas de pesca.
O relatório afirma que eles afetam cerca de 700 espécies de animais marinhos. O problema mais comum é de os animais ficarem emaranhados nas redes abandonadas.
Cerca de 80% dos casos de animais aprisionados nas redes terminam em ferimentos e morte, de acordo com a pesquisa. Os machucados podem levar meses ou até anos para sarar. A morte pode ser muito dolorosa.
Uma pesquisa anterior da WWF revelou que equipamentos fantasma de pesca prejudicam todas as tartarugas marinhas, dois terços das espécies de mamíferos nos oceanos e metade das aves marinhas.
Outra pesquisa recente, feita no sudoeste da Inglaterra, registrou 15 focas enredadas em um ano, e 60% delas estavam com a pele cortada pelas redes e com feridas graves.
No nordeste do Mediterrâneo, o aprisionamento em redes abandonadas é considerado a segunda causa de morte das focas-monge, vindo logo a seguir a caça deliberada, conforme a pesquisa.
Os equipamentos fantasma também fazem estragos em habitats especiais, como recifes de corais, pois as redes de plástico se emaranham e provocam fraturas e quebras dos corais.
Eles também complicam a vida de pequenos pescadores, pois suas embarcações podem engastalhar nos equipamentos fantasma e perder a estabilidade e o equilíbrio. ✔︎